segunda-feira, 18 de julho de 2011

Estava frio lá fora, eu não queria ficar sozinha. Geralmente passava tempo demais sozinha, tanto tempo que já estava perdendo totalmente o sentido de inserção social. Para piorar o meu estado, mesmo depois de tudo, eu sentia saudades, e elas já não cabiam mais em meu peito, vazavam pelos olhos e escoavam o meu rosto, era realmente deprimente e emotivo. Ele me fazia tanto bem, me trazia tantos sentimentos antes não descobertos e que me faziam flutuar … “faziam”, acredito que no fundo, essa é a parte que mais dói, a parte de que está tudo no passado, apenas nas lembranças e não poderá mais voltar, nada reaverá aquele tempo de tanta espontaneidade e liberdade entre nós. Não é que eu seja pessimista, e veja que nada voltará, mas é a pura verdade. De que adianta acreditar no impossível? Mais lágrimas? Mais decepções? Disse eu já estou cheia. O pior é ter que admitir pra mim mesma que nada disso foi real, tudo não passou de uma farsa. Não sei o que as pessoas vêem de tão legal em usar as pessoas, em magoá-las. Eu tento esquecer, mas não dá. Eu vejo que você me fez feliz, mesmo que tudo não passasse de uma mentira, eu era feliz. Porém, ao mesmo tempo eu me lembro de todas as lágrimas que eu derrubei por ti, todos os sofrimentos que você me fez passar. E eu sei que a culpa disso tudo é minha, por eu ter sido tão ingênua. Acho que no fundo eu sabia que nada era verdade, mas estava tão bom, que eu não queria acreditar que tudo não passava de uma grande mentira.

=/

Nenhum comentário:

Postar um comentário